Tempo mano velho

Tempo quando há tempo, tem -se
Tempo se não da tempo, perde-se
Tem horas que é caco de vidro
Tem dias que é feito flor
E anos feito amor/dor
Tempo dividido transformou-se em anos, meses, dias...
Tempo repicado
Tempo destinado
Um dia me disseram que o melhor tempo aproveitado é aquele que você lembra quando mais velho. Aquele que sentado em uma cadeira de balanço te lembra os joelhos ralados e uma bicicleta de rodinhas.
As primeiras lágrimas em meio a confusão.
Logo depois um sorriso de um tempo bom.
Um tempo velho, doce, como uma manhã de sol de domingo.
Tempo daquele beijo que dava borboletas no estômago e do coração saltitando.
Tempo de um coração partido.
E a vontade de que se junte os caquinhos.
Tempo me faz rodopiar momentos
Momentos que retomam os pensamentos.
Desejo que se passe devagar e alguns momentos depressa.
Como já dizia Pato Fu:
"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio"

Dos preferidinhos de Quintana

Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Água salgada

Mar

Oceano

Água salgada.

Calmaria que se instala no peito 

Serenidade que penetra nos poros da pele

Gostinho de lágrimas.

Um mundo azul desconhecido com seus mistério e histórias.

E a sereia que canta e seduz o pescador

Que em um mergulho profundo

Tragado pelas ondas

Vai com ela pro fundo do mar.

Águas escuras

Frio e calmaria

Afogando-se

Ela era uma mistura inebriante de deusa e mar

E ele queria se afogar nela.